sábado, 30 de maio de 2015

DIA DO GEÓLOGO

Hoje é o Dia do Geólogo, importante ramo do conhecimento humano. Em todo o Brasil estão sendo realizadas palestras e outros importantes eventos comemorativos. Desejamos a todos os geólogos indistintamente Liberdade- Evolução e Felicidade!

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Curso Controle Microbiológico de Água Mineral

Curso Controle Microbiológico de Água Mineral Nos próximos dias 08 e 09 de julho, acontecerá a próxima edição do curso de Controle Microbiológico em Água Mineral oferecido pelo Laboratório Baktron. O curso será realizado nas instalações da Baktron, no Polo BioRio e ministrado pela Dra. Fernanda Drumond. O Laboratório Baktron é especialista em análises de água mineral e presta consultoria para diversas empresas do setor. A Dra. Fernanda Drumond é formada em farmácia e nutrição e especialista em controle microbiológico de água mineral com mais de 15 anos de experiência. Os participantes receberão certificado de conclusão do curso. Este certificado é válido para comprovação de parte da carga horária de treinamento e reciclagem exigida pela RDC173/2006, referente às Boas Práticas de Fabricação e Comercialização de Água Mineral. O curso terá carga horária de 12 horas, com início às 10h e término às 16h tanto no dia 08/07 quanto no dia 09/07, com intervalos para almoço e coffe-break. O objetivo é facilitar a chegada e a saída de profissionais que vêm de municípios produtores de água mineral nos arredores do Rio de Janeiro ou que vêm de outros estados. Segue a programação do curso: 1- INTRODUÇÃO A BACTERIOLOGIA 2- MEIOS DE CULTURA 3- PROCESSO DE AUTOCLAVAÇÃO 4- MÉTODOS DE CONTAGEM 5- ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUA MINERAL 5.1- BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS 5.2 - COLIFORMES 5.3- PSEUDOMONAS 5.4- ENTEROCOCOS 5.5- CLOSTRIDIOS O investimento é de R$ 528,00, já inclusos almoço e coffe-break nos dois dias. Descontos: · Clientes Baktron - 10%. · Inscrições até 15/06 com pagamento até 22/06 - 10% de desconto. · A partir da segunda inscrição de uma mesma empresa - 10% *Os descontos se acumulam até o limite de 20% Inscrições e informações através do email cursos@baktron.com.br, pelo telefone 21-3867-5530 ou 21-3867-5800 e em breve através do site www.baktron.com.br

quarta-feira, 27 de maio de 2015

24th World Mining Congress MINING IN A WORLD OF INNOVATION

24th World Mining Congress MINING IN A WORLD OF INNOVATION
18 a 21 de outubro de 2016 Centro Empresarial SulAmérica Rio de Janeiro/RJ O evento, que terá como tema “Mineração no Mundo da Inovação”, congregará área de exposição, congresso e apresentação de trabalhos técnicos. A integração de altos executivos, profissionais da mineração e acadêmicos, bem como de importantes investidores brasileiros e internacionais significará, sem dúvida alguma, uma ampla troca de informações em relação ao desenvolvimento da mineração, ciência, tecnologia, economia, saúde e segurança do trabalhador e sustentabilidade ambiental. TEMAS • Pesquisa Mineral • Mina a Céu Aberto • Mineração Subterrânea • Economia Mineral • Sustentabilidade na Mineração • Processamento Mineral • Automação e Robótica • Inovação na Mineração APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS TÉCNICOS CRONOGRAMA 01/05/2015 Abertura para apresentação de resumos 01/11/2015 Data limite para apresentação de resumos 01/12/2015 Notificação aos autores sobre aceitação dos trabalhos 30/03/2016 Prazo final para apresentação dos trabalhos 15/06/2016 Prazo final para submissão dos trabalhos 30/08/2016 Prazo final para inscrição para autores e apresentadores de trabalhos técnicos MAIS INFORMAÇÕES www.wmc2016.org.br Atenciosamente, Geól. Paulo Ribeiro de Santana Ouvidor 2 Anexos

sábado, 23 de maio de 2015

A ÁGUA QUE CUSTA BILHÕES

direto da Espanha: Seis multinacionais controlam o mercado espanhol do produto engarrafado Maria Fernandez Madrid 5 MAY 2015 Espanha é um país de contradições. Muitos políticos estão lutando nestes dias em repouso durante as eleições municipais, prometendo cortes de impostos em serviços como água, enquanto a população gasta mais de 1.000 milhões de euros na compra engarrafada, mesmo em áreas onde o sal ou cal não são problema. Como resultado dos 162 espanhóis que exploram molas cem empresas fornecem a fonte indústria de bebidas tão clara como renda constante. Nielsen estima que no ano passado esse segmento cresceu 2,5%, tornando-se um negócio sólido que lutou a crise e as recomendações em curso das organizações de consumidores em pouco ou nenhum uso de pagar por isso quando o Griffin é infinitamente mais barato e gera embalagem. A produção na Espanha alcançou, de acordo com a Associação Europeia de Bottled Waters (EFBW), os 5,331 milhões de litros, dos quais 4.913.000 92% são minerais naturais, e o resto são considerados "primavera" (cujas características naturais podem flutuar) ou água preparados sem qualquer qualidade particular de beber. Nos dados manipulados por consultoria especializada IRI Worldwide, manchas brancas monopolizaram 40% das vendas em supermercados e hipermercados (1.367.000 litros), mas apenas 27% do valor (207 milhões de euros). Portanto, a água preferida pelos consumidores é onde é apresentada em uma marca, e que seis monopolizar multinacional maior pedaço do bolo: a fim, Font Vella e Lanjarón (Danone), Bezoya (Leche Pascual Group) Aquarel (Nestlé), Solan de Cabras (Mahou-San Miguel), Font Natura e Fonte Primavera (o grupo italiano San Benedetto) e Aquabona (Coca-Cola). Com 441 funcionários, a líder neste segmento na Espanha grupo francês vendeu água no ano passado no valor de 160 milhões de milhões (dados entre 2014 e Fevereiro de 2015). Vendas, 21% de todo o mercado, são comparáveis aos dos grupos Pascual e Nestle juntos. A empresa, que se juntou a duas marcas de água em 2006, tem o maior país embalagem em Sant Hilari Sacalm (Girona), perto do parque natural de Montseny e três Siguenza (Guadalajara); Amer (Girona) Especialista gaseificadas águas e 700 metros de altitude, a vila de Lanjarón no Alpujarras, onde embalados e Fonteforte Lanjarón, uma de água com adição de dióxido de carbono. A segunda nas marcações de classificação, o grupo Pascual, faturado de 90 milhões de garrafas de água em 2014 depois de coçar um crescimento de 2%. Eles acreditam que o setor vai crescer em 2015 "em um contexto de queda de preços e promoções mais elevados." Joan Riera, diretor da área de Food KantarWorldpanel, lembre-se que o mercado "sofreu uma quebra significativa do consumo quando a crise começou, mas três anos se estabilizou. Ela está ligada à qualidade de consumo de água da torneira. Na Catalunha e da bacia do Mediterrâneo é intensiva enquanto em lugares como Madri, onde onde a água é adorável, a média é de apenas uma litros por semana. " Danone é com a sua marca Font Vella e Lanjarón, líder em distribuição No segmento de águas cristalinas Rainha Vichy Catalan, com vendas de 17 milhões, até mesmo acima das águas de marcas próprias, que distribuem produtos no valor de nove milhões. Fonter seguido (Danone) e San Pellegrino (Nestlé). De acordo com Jaime Leucona, Nielsen, a água mineral é uma categoria que tem suportado bem os anos de crise. "O 2014 não foi excepção, que terminou o ano com crescimento de 2,8% em volume e 2,5% em valor. Quanto a 2015, prevemos que continuará a ser um bom ano, até agora a crescer acima de 3% em volume e valor. " Com a depressão econômica, os avanços em vendas neste mercado foram baseados em produtos a um baixo preço e recipientes tipo de garrafa, mais de cinco litros. 40% de litros vendidos em hipermercados e supermercados e correspondem a estes formatos. "No entanto, esta categoria também apresenta oportunidades para produtos de valor acrescentado, algo para o qual os consumidores estão dispostos a pagar mais. Águas funcionais são agora um nicho de mercado relativamente pequeno, mas com um enorme potencial ", acrescenta Leucona. Especificamente, cresceu mais de 40% em 2014 e realizar um ritmo semelhante em 2015. O exemplo é levita, da Danone, uma bebida à base de água mineral e suco de frutas no ano passado as vendas dispararam 46 % para 10,5 milhões. Águas aromatizadas está criando um novo nicho de mercado Existem inúmeros sinais de que as empresas querem convencer os consumidores com formatos de embalagens mais atraentes que criam uma ligação mais emocional. "Nesta linha, nos últimos anos, nossa empresa tem introduzido pacotes de diferentes medidas para melhorar a experiência do consumidor, adaptando os formatos para diferentes estilos de vida, momentos de consumo e diferentes públicos, tais como crianças, desportistas ou moms ", diz ela Danone oferece informações. A OCU, no entanto, lembre-se que alguns fabricantes não hesite em utilizar as alegações de publicidade que são muitas vezes pura fantasia ou chavões como "água leve", "suave e refrescante", "água para manter a nossa saúde e vitalidade." As organizações de consumidores acreditam que a água da torneira é a melhor escolha para matar a sede, e quando o seu volumoso dureza torna importante para recordar quando escolher um produto é sobre as propriedades da primavera. E a mesma marca pode ter várias nascentes ou mais marcas podem explorá-lo. Coca-Cola, por exemplo, tem quatro minas produtoras, que identifica as suas garrafas Aquabona. Dados consumo per capita de água engarrafada na Europa por mover grandes diferenças de acordo com os hábitos culturais de cada país, o que tem menos a ver com a sua capacidade de proporcionar aos cidadãos com água potável no esgoto. Em Espanha, é de 112 litros por habitante por ano, semelhante ao uso do francês, enquanto na Alemanha é de 167 litros, mais água com gás e 175 litros em Itália. O Reino Unido, com 27 litros per capita, é, juntamente com os Países Baixos, com 20 dos países que consomem menos água engarrafada. Portugal, no entanto, que a média de 122 litros de espanhol. "O consumo é equivalente à evaporação de água em um reservatório com uma área de superfície de 2 a 3,5 quilômetros quadrados", disse a Associação Espanhola de Bottled Waters, que reúne empresas líderes. VEJA EM EL PAIS http://elpais.com/m/economia/2015/04/30/actualidad/1430406588_383836.htm

AS PLACAS TECTÓNICAS NAS MANCHETES

FERREIRA FERNANDES Ferreira Fernandes AS PLACAS TECTÓNICAS NAS MANCHETES O terramoto no Nepal, o desabar do teto do mundo, se não estava escrito nas estrelas, estava nas placas tectónicas, quando o supercontinente Gondwana se fragmentou – reparem, nem invoco a era Paleozoica, fico-me pelo Mesozoico, só há 200 milhões de anos, quase ontem. Então, o Gondwana desfez-se como herança nas mãos dum estoura-vergas. A América do Sul disse ao nascer, como o bebé no poema de Almada Negreiros: «Mãe-África vou viajar.» A Austrália foi para a direita e a Índia acelerou rumo ao norte e espatifou-se sob os Himalaias, como um automóvel Tata nas traseiras dum camião. Ainda hoje, a cordilheira sobe um centímetro por ano por causa do choque. Outras vezes abana como nos disseram nesta semana os jornais. Mas não são estes caminhos de continentes que trago aqui. Um dia, estava eu numa restinga da Vila Velha, a mais velha cidade do estado do Espírito Santo, Brasil. Andava pela praia na hora parda da manhãzinha, desenterrava conchas com o dedo grande do pé, se reconhecia uma, baixava-me e acariciava-a, e sonhei-me num algures previsível. Tanto, que me assustei quando do mar veio o primeiro raio do Sol. O nascer do Sol, no mar? Então, eu não estava na Samba, vindo da Praia do Bispo? Virei-me e acordei na Vila Velha, Brasil, não na minha Luanda, Angola. A mesma terra vermelha, a mesma vegetação de mangue, os mesmos caranguejos de praia… Há cem anos, no outono de 1915, o alemão Alfred Wegener também andou a descobrir identidades espantosas entre costas opostas e longínquas e inventou a teoria da deriva dos continentes. Wegener vingou os miúdos mais vivos que, olhando o mapa do hemisfério sul, sabiam ver que a América do Sul e a África já se abraçaram. Wegener, meu herói, alimentador da minha megalomania infantil: um dia, o meu lago (Mindelo, na ponta do triângulo, Rio e Luanda, nas bases) será o maior dos oceanos, todo falado em português, assim a América do Sul continue a navegar a toda a brida para oeste… Em homenagem ao centenário das terras siamesas separadas, trago esta crónica sobre a coluna deste sonho. É, esse mar tem uma coluna vertebral. Chama-se cadeia meso-oceânica e junta a planície abissal de Angola à planície abissal de Pernambuco (nem calculam como acho isto erótico). Escondidinha como tudo que é abissal mas com três ilhas vulcânicas que aparecem sobre a espuma do oceano a fazerem tagatés: de cima para baixo, Ascensão, Santa Helena e Tristão da Cunha. Repararam? De batismos portugueses. A ilha de Ascensão começou até por ter outro nome português, Conceição, dada pelo seu descobridor João da Nova, em 1501. Quatro anos mais tarde, Afonso de Albuquerque, de volta da Índia, rebatizou-a por lá ter passado no feriado santo da Ascensão. A ilha de Santa Helena também foi descoberta por João da Nova. E a ilha de Tristão da Cunha foi descoberta pelo próprio, quando ia para a Índia, em 1506. Vão dizer-me, tudo acasos, toca e foge, batiza-se e deixa-se as ilhas na roda para que outros as criem. De facto, as três são territórios britânicos. Mas há pormenores que indiciam um destino (Pessoa explica esses mecanismos de Quinto Império). Seguem-se alguns indícios, de baixo para cima. Tristão da Cunha (297 habitantes) é o lugar mais remoto do mundo (o mais perto da ilha é Santa Helena, a 2000 quilómetros), e o seu descobridor foi quem levou a célebre embaixada portuguesa a Roma (1514), com um elefante. Para mostrar ao mundo como ele é diverso. Santa Helena (4255 habitantes) teve como seu primeiro habitante o soldado Fernão Lopes, que lá viveu mais de 20 anos (até 1545), na solidão – foi precursor de Robinson Crusoé. Para mostrar que o mundo é uma ilha. E Ascensão tem uma das quatro antenas centrais em terra do GPS. Para o mundo se encontrar. O Atlântico Sul é um mundo. Se um dia nos convencermos de que é o nosso mundo… [Publicado originalmente na edição de 3 de maio de 2015] transcrito de http://www.noticiasmagazine.pt/2015/as-placas-tectonicas-nas-manchetes/

terça-feira, 19 de maio de 2015

REUNIÃO DOS ENGARRAFADORES EM LINDÓIA

CONVOCAÇÃO REUNIÃO LINDÓIA


 A Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais - ABINAM, vem através da presente, convocá-los  para uma reunião, que realizar-se-á no dia 02 de junho de 2015 às 10:30 hs. , no Centro Educacional - Rua Cel. Estevam Franco de Godoy S/n. Lindóia /SP,  para deliberações da seguinte Ordem do Dia:
  • Marco Regulatório da Mineração. Atual situação;
  • Medidas Judiciais e Extrajudiciais contra Água Adicionada de Sais;
  • Redução do ICMS sobre águas minerais nos Estados: Ações e Compromissos Assumidos;
  • Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, Acordo Setorial – Andamento dos Trabalhos da Coalização Empresarial: Adesões/Investimentos;
  • Bases Regionais/Estaduais da ABINAM;
 
Contando com sua valiosa presença, solicitando confirmação de através do nosso telefone (11) 3167 2008, ou através do e-mail silvia@abinam.com.br.

                                     
                                     Atenciosamente
 
                               Carlos Alberto Lancia 

REUNIÃO DO RIO DE JANEIRO


FOI REALIZADA NO RIO DE JANEIRO REUNIÃO DOS ENVASADORES (DIA 12/05). OS ASSUNTOS DA PAUTA FORAM OS MESMOS   QUE SERÃO ABORDADOS NA PRÓXIMA REUNIAO EM LINDÓIA.
AS EMPRESAS DO RIO DE JANEIRO ESTÃO AGUARDANDO O RECEBIMENTO DA ATA DA REUNIÃO.

sábado, 16 de maio de 2015

QUIMICA DA ÁGUA MINERAL


 Classificação da água mineral quanto à sua composição química

(Extraído do site do CPRM)

CLASSIFICAÇÃO
CARACTERIZAÇÃO
OLIGOMINERAL
Quando apresentarem apenas uma ação medicamentosa.
RADÍFERAS
Quando tiverem radioatividade permanente.
ALCALINA BICARBONATADA
bicarbonato de sódio  = ou  > 200mg/L
ALCALINO TERROSAS
carbonato de cálcio = ou  > 120mg/L
ALCALINO TERROSAS CÁLCICAS
cálcio = ou  > 48mg/L sob a forma de bicarbonato de cálcio
ALCALINO TERROSAS MAGNESIANAS
magnésio = ou  > 30mg/L sob a forma de bicarbonato de magnésio
SULFATADAS
SO4=  = ou > 100 mg/L
SULFUROSAS
sulfeto = ou  > 1mg/L
NITRATADAS
NO3=  (de origem mineral)  = ou > 100 mg/L
CLORETADAS
cloreto de sódio = ou  > 500mg/L
FERRUGINOSAS
ferro = ou > 5mg/L
RADIOATIVAS
Que tiverem radônio em dissolução.
FRACAMENTE RADIOATIVAS
Teor de radônio mínimo entre 5 e 10 unidades Mache por litro, a 20°C e 760 mm de Hg de pressão.
RADIOATIVAS
Teor de radônio entre 10 e 50 unidades Mache por litro, a 20°C e 760 mm de Hg de pressão.
FORTEMENTE RADIOATIVAS
Teor de radônio acima de 50 unidades Mache por litro, a 20°C e 760 mm de Hg de pressão.
TORIATIVAS
Que possuírem teor em torônio em dissolução equivalente em unidades eletrostáticas, a 2 unidades Mache por litro, no mínimo.
CARBOGASOSAS
gás carbônico livre dissolvido = ou > 200mg/L
ELEMENTO PREDOMINANTE
(> 0,01mg/L): iodadas, arseníadas,  litinadas etc.

Quadro 3 – Classificação das fontes de água mineral
CLASSIFICAÇÃO
CARACTERIZAÇÃO
Quanto aos Gases:

FONTES RADIOATIVAS

FRACAMENTE RADIOATIVAS
As que apresentarem, no mínimo, uma vazão gasosa de 1 litro  por minuto com um teor em radônio compreendido entre 5 e 10 unidades Mache, por litro de gás espontâneo, a 20°C e 760 mm de Hg de pressão.
RADIOATIVAS
As que apresentarem, no mínimo, uma vazão gasosa de 1 litro  por minuto com um teor em radônio compreendido entre 10 e 50 unidades Mache, por litro de gás espontâneo, a 20°C e 760 mm de Hg de pressão.
FORTEMENTE RADIOATIVAS
As que apresentarem, no mínimo, uma vazão gasosa de 1 litro  por minuto com um teor em radônio superior a 50 unidades Mache, por litro de gás espontâneo, a 20°C e 760 mm de Hg de pressão.
FONTES TORIATIVAS
As que apresentarem, no mínimo, uma vazão gasosa de 1 litro por minuto, com um teor em torônio na emergência equivalente em unidades eletrostáticas a 2 unidades Mache por litro.
FONTES SULFUROSAS
As que possuírem na emergência desprendimentos definidos de gás sulfídrico.
Quanto à Temperatura:

FONTES FRIAS
Quando sua temperatura for inferior a 25°C.
FONTES HIPOTERMAIS
Quando sua temperatura estiver compreendida entre 25° e 33°C.
FONTES MESOTERMAIS
Quando sua temperatura estiver compreendida entre 33° e 36°C.
FONTES ISOTERMAIS
Quando sua temperatura estiver compreendida entre 36° e 38°C.
FONTES HIPERTERMAIS
Quando sua temperatura for superior a 38°C.

1) Radíferas: quando contém sal de Rádio dissolvido (Ra 226), atribuindo radioatividade permanente. O LAMIN não mede devido a implicações técnicas.
2) Thoriativas: presença de Thorônio (Radônio 220). O LAMIN não mede devido a implicações técnicas.

QUAL O EFEITO DAS EXPLOSÕES?

Violentas explosões causam danos irreparáveis ao meio ambiente, aos recursos hídricos e outros, inclusive à audição do ser humano. 
Por outro lado, também podem prejudicar tubulações de adução de gás e de combustíveis situados próximo às instalações que provocam essas  detonações. 
Penso que isso é intuitivo e que todos, mesmo os leigos, percebem perfeitamente.
A um quilômetro, a terra treme mesmo, não adiantando a lógica alegada por alguns que as mesmas são inócuas e que nessa distância as ondas de choque já se dissiparam e que não representam perigo.
Na verdade, não é bem assim, pois consta em literatura que detonações de pedreiras podem atingir a distancia de 5 km!
O "furacão" da detonação levanta poeira e aumenta os decibéis de ruídos!
De acordo com tais e quais premissas, quando os danos acima referidos são constatados, caberá ao autor  ou responsáveis pelas já faladas explosões,  ressarcir os prejudicados.
Embora pedreiras tenham plano de fogo, pode acontecer que hajam excessos, extrapolando, assim, as consequências dos resultados ou efeitos explosivos.
Vidros quebrados, azulejos rachados e coisas que tais são comuns nas proximidades de pedreiras.
Nas proximidades de fontes de água mineral,  explosões, mesmo as autorizadas, podem causar danos e contrariam as normas relativas às áreas de proteção de fontes de águas minerais naturais e de águas potáveis de mesa.
E o pior disso tudo é que sempre prevalece o poder econômico, sobrepondo-se, portanto, aos pequenos e médios, já assoberbados por todo tipo de tributação e de sacanagem burocrática.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Da Ouvidoria do DNPM


3 Anos da Lei de Acesso à Informação
Gestão dos recursos minerais, informações técnicas sobre mineração, processos minerários e gestão administrativa. Esses são alguns dos temas de interesse dos cidadãos que utilizam o Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), alocado na Ouvidoria do DNPM, desde a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação (LAI), em 16 de maio de 2012. Entre os assuntos que mais geram pedidos estão: processos minerários, locais onde existe mineração, localização de determinadas jazidas, nestes três anos, totalizaram 843 Pedidos contendo 1.793 perguntas.
Vale aqui enfatizar que o tempo médio de resposta aos Pedidos feitos ao DNPM foi de 2,42 dias, enquanto a média de todos os órgãos do Poder Executivo Federal foi de 13,88 dias para o período que a Lei está em vigor.
Mais de 90% dos Pedidos são respondidos diretamente pelo Ouvidor, mas as vezes estes são recebidos e, conforme o assunto, enviados à Diretoria competente na Sede ou à Superintendência envolvida possa dar retorno. A partir daí, faz-se o acompanhamento de cada mensagem, evitando, assim, que os prazos sejam extrapolados.
O caminho
Os pedidos de informação chegam ao DNPM por meio do e-SIC, sistema eletrônico desenvolvido pela Controladoria Geral da União (CGU), e devem ser respondidos dentro de prazos estabelecidos pela Lei - ou seja, 20 dias, prorrogáveis por mais dez. Essa prorrogação não é automática, já que o responsável por responder deve enviar uma justificativa, que precisa ser inserida no sistema.
Não havendo nenhuma resposta ao pedido de informação, o cidadão tem dez dias para apresentar uma reclamação, que deverá ser respondida pela autoridade de monitoramento da Lei de Acesso à Informação Pública - no caso do DNPM é o próprio Ouvidor.
Quando, por algum motivo, a Autarquia nega acesso à informação ou não justifica essa negativa, o cidadão pode entrar com recurso em primeira instância. Nesse caso, a autoridade hierarquicamente superior àquela que forneceu a resposta anterior terá cinco dias para retornar. Se o retorno ainda for negativo, o cidadão terá o direito a um novo recurso. Nessa situação, caberá à autoridade máxima da instituição responder à solicitação em até cinco dias.
Tendo os recursos negados ou, ainda, se não houver retorno à reclamação enviada, o cidadão terá nova oportunidade de obter a informação, enviando o pedido à Controladoria Geral da União que irá definir se o DNPM deve ou não prestar esclarecimentos e dentro de que prazo terá de fazer isso. Se o pedido também for negado, o solicitante finalmente poderá recorrer à Comissão Mista de Reavaliação de Informações (CMRI).
Nos três anos aqui no DNPM, dos 843 Pedidos recebidos, 47 geraram recursos em primeira instância porque as respostas foram consideradas incompletas ou as justificativas, 8 recursos de segunda instância, pelo mesmos motivos e apenas 2 recorreram à Controladoria Geral da União que em última análise decidiu pela manutenção da negativa de acesso conforme resposta do DNPM.

sexta-feira, 1 de maio de 2015



GEOLOGIA REGIONAL E GEOMORFOLOGIA DO PARQUE NACIONAL DA TIJUCA
Benedicto Humberto Rodrigues /Museu Nacional/UFRJ e Silvia Machado (est.)Museu Nacional/UFRJ)

Geologicamente o Estado do Rio de Janeiro é representado por rochas Pré-cambrianas de embasamento cristalino. Sua formação geológica é muito antiga e compreende dois grandes ciclos orogênicos, um do Pré-Cambriano Médio, denominado Transamazônico (Era Proterozóica), o outro do Pré-Cambriano Superior a Cambriano denominado Brasiliano (Proterozóico-Paleozóico).

As elevações do município do Rio de Janeiro são representadas por um núcleo de rochas cristalinas, geralmente granito-gnáissicas, recobertas por um manto de alteração ou solo residual.

De acordo com a coluna crono-geológica do município pode-se distinguir as seguintes fases:

Pré-Cambriano

O Pré-cambriano representa o embasamento cristalino, e é constituído de variados gnaisses, migmatitos, aplitos, granitos, anfibolitos, quartzitos, dolomitos.

A rocha mais característica do Rio de Janeiro é o gnaisse lenticular ou facoidal. Sua área de ocorrência é grande e encontra-se nos morros da Pedra da Gávea, Tijuca, Andaraí e etc.

Os leptinitos e biotita-gnaisse, ocorrem na parte central da Serra da Tijuca e Serra da Carioca, onde foram divididos em 3 unidades litológicas principais; Ortognaisse/Gnaisse facoidal (GNF), encontrado nos bairros da Usina, Tijuca, e Corcovado, compondo-se de microclina-gnaisse e plagioclásio-microclina (pertita)-gnaisse e presença de granada; Biotita-gnaisses (BGN), ocupa região do Sumaré, Tijuca, Usina. Está superposta a unidade GNF e subjacente a unidade leptinito (Lep). Constitui-se de paragnaisses de coloração escura gradando a migmatitos, é rica em biotita, e pequenos cristais de plagioclásio (albita-oligoclásio), quartzo e raramente microclina, granada, cordierita e sillimanita; Leptinito (Lep), localizado na porção leste-sudeste (Morro Dona Marta), reúne gnaisses claros, compostos por quartzo, microclina e quantidades menores de biotita e granada. Ocorrem ainda na área, corpos graníticos, aplíticos e pegmatíticos, diques básicos preenchendo fraturas e brechas (Corcovado) vinculadas a planos de falha, com presença de material silicoso e óxido de ferro (FERNANDES-DA-SILVA & RODRIGUES-DA-SILVA, 1987).

Uma faixa de quartzitos expõe-se na garganta do morro Dois Irmãos, prolongando-se pelo morro do Cocrane, Vista Chinesa, Mesa do Imperador e Excelsior.

Paleozóico (Ordoviciano-Siluriano)

O Paleozóico é constituído de um predomínio de granitos, granodioritos, dioritos (quartzo-diorito, diorito e gabro), pegmatitos e aplitos. São rochas que sob a forma de intrusão, atravessam as formações pré-cambrianas constituindo bolsões que ocupam grandes áreas. O granito aflora em numerosos pontos, e podem ser encontrados nas Furnas da Tijuca, Morro do Inácio Dias, Serra da Misericórdia. No Maciço da Tijuca o granito desponta nas partes mais elevadas, expostas à erosão com camada gnáissica pouco espessa. A Pedra da Gávea, é um exemplo disto, onde aflora um cimo granítico tabular, resultado das diáclases paralelas ortogonais.

Em outras áreas, o que é denominado de granito, como o granito preto da Tijuca, nada mais é que gabro micáceo ou diorito (ABREU, 1957).

No Parque Nacional da Tijuca, na área do Maciço da Tijuca, encontramos os matacões, originados geralmente de granitos parcialmente intemperizados, formando grutas e cavernas. As rochas básicas, como os dioritos e gabros, apresentam menor área de abrangência e geralmente estão associados ás do granito, encontrando-se no Maciço da Tijuca. Na Floresta da Tijuca pode ser encontrado no Vale Encantado e em alguns trechos da Estrada das Furnas. É possível encontrar os pegmatitos cortando os granitos e veios aplíticos nos granitos e nos dioritos.

As rochas básicas intrusivas, apesar da pequena ocorrência, foram muito importantes geomorfologicamente na formação de vales entre as montanhas e desempenham forte papel no que tange ao fluxo hidrológico, resultando às vezes em pontos de desastres geológicos.

Mesozóica (Cretáceo – Jurássico)

No Mesozóico encontraremos as rochas hipabissais básicas em diques de basalto que cortam os terrenos preferencialmente na direção SO-NE, originando os principais vales. São facilmente identificáveis pela maneira contrastante de como ocorrem entre as rochas encaixantes. Na estrada das Paineiras, próximo ao mirante Dona Marta (Serra da Carioca), encontra-se um belo exemplo de dique de basalto (preto) cortando o Leptinito (clar). Ocorrem também diques de diabásio. Os diques de diabásio, aparecem como fraturas sísmicas muitas vezes com quilômetros de comprimento, preenchidos pelo magma gábrico. É possível acompanhar um desses diques, no bairro da Tijuca, que começa na Conde de Bonfim, e vai até as Furnas de Agassiz. Um outro dique partindo provavelmente do mesmo centro, é cortado por estradas da Gávea Pequena, Vista Chinesa, Dona Castorina e rua Jardim Botânico. Na estrada do Redentor e nos fundos da Chácara da Floresta, na base da escarpa sul do Corcovado, encontra-se outro dique, em paredão, onde é substituído por uma brecha azulada, silicosa.

Meso-Cenozóica (Cretáceo - Terciário)

No início do Terciário e no final do Cretáceo, encontramos um predomínio de rochas alcalinas em magmas intrusivos, extrusivos e filonares. Essas rochas alcalinas apresentam-se sob a forma de seixos e matacões muito rolados e na maior parte alterados. São representados pelos fonolitos, bostonitos, lamprófiro, tinguaítos e foiaítos.

Cenozóico (Quaternário)

No período Quaternário, as rochas são sedimentares constituintes dos depósitos continentais (regolitos, colúvios, elúvios), praias, restingas, tômbolos. São areias, conglomerados, cascalheiros, concheiros, saibreiros, turfeiras.

Geomorfologicamente o município do Rio de Janeiro, apresenta-se com relevo montanhoso, onde dominam três conjuntos de elevações principais, que correspondem ao Maciço da Tijuca ( 1021 m), Pedra Branca ( 1024 m) e de Gericinó ( 887 m), se dispondo sobre as planícies sedimentares denominadas Baixada Fluminense, Jacarépaguá e Sepetiba. O embasamento é cristalino, apresentando estrutura gnáissica em base granítica, decomposto e fraturado por ação do intemperismo.

Segundo Lamego, a origem geológica do município do Rio de Janeiro, corresponde as sistema de falhas que, talhando abruptamente a costa, cortou de maneira idêntica, cerca de 40 Km para o norte, as grandes escarpas da Serra do Mar.

O relevo do Parque Nacional da Tijuca é montanhoso, apresentando por vezes escarpas muito íngremes, abrangendo o Maciço da Tijuca, Serra da Carioca e o Grupo da Pedra da Gávea.

Este relevo tem sua origem nos movimentos orogenéticos que fraturaram profundamente esta parte do Brasil durante o período Terciário.

O ponto culminante do Parque é o Pico da Tijuca com 1021 metros, localizado no Maciço da Tijuca.

Este Maciço se caracteriza por um relevo acidentado e compreende um bloco falhado da Serra do Mar no sentido NE/SW, originado de antigos dobramentos, expostos à erosão e à esfoliação.

Atualmente o que predominam na paisagem são os pontões, correspondentes à intrusões de rochas alcalinas e uma grande crista, correspondente à Serra da Carioca. Esses pontões constituem importantes centros de dispersão hidrológica, na medida em que essa região apresenta um índice pluviométrico considerável (1250 a 1500 mm anuais) além de grande umidade.

A declividade do bordo meridional do Maciço é bastante acentuada e o bordo setentrional ao contrário mostra uma paisagem bem trabalhada por uma rede de drenagem mais intensa.

O rápido processo de urbanização atuando intensamente sobre as vertentes muito íngremes da floresta, tornam estes pontos particularmente mais sensíveis à degradação.

Intemperismo e Erosão (rochas – solos)

A compreensão do processo de intemperismo, assim como o dos processos erosivos, é essencial para se conhecer a gênese, formação dos solos e consequentemente, a modelagem do relevo carioca.

O intemperismo e a erosão agem particularmente nas partes menos resistentes das rochas muitas vezes esculpindo-as em belas formas. A água é o principal agente e a velocidade desses processos varia conforme a topografia da área; ela será maior nas áreas mais acidentadas, onde a cobertura vegetal e o clima serão de grande importância.

Em condições de clima tropical a temperado como o nosso, as rochas tendem a se decompor, dando origem ao manto de intemperismo ou regolito (LEINZ, 1979).

A ação do clima nesses processos é fundamental, pois este será um fator determinante, não só do tipo de intemperismo, como no de solo resultante.

A área do PNT, sob condições de clima quente e úmido, com precipitação acima de 1200 mm, é um ambiente altamente propício ao intemperismo (principalmente químico), onde a água parece ser o principal agente transformador, atuando quimicamente através da hidrólise e fisicamente.

Segundo pesquisas que vêm sendo desenvolvidas, na área do Maciço da Tijuca, entre os domínios geo-hidroecológicos estabelecidos por Coelho Netto (1985), dois se destacam (tipo Archer e tipo Bom Retiro) por apresentarem hidrológicamente ambiente de alta energia potencial devido à presença de paredões rochosos. No entanto a existência de solos rasos, induz a rápida saturação gerando escoamentos superficiais saturados, devido às entradas de chuva.

A área possui cobertura pedogenética típica de região montanhosa tropical úmida, onde os processos formadores dos solos agem principalmente sobre materiais coluviais, que já sofreram intensa lixiviação, apresentando baixos teores de elementos químicos.

Estudos de Rosas (1991), também apontam a água como agente principal formador dos solos.

Mais adiante no capítulo referente a solos serão discutidos os tipos de solos do PNT, resultantes do intemperismo de suas respectivas rochas.

Um outro sistema modelador de formas na paisagem carioca é aquele resultante das diáclases; estas são fraturas ou fendas nas rochas, causadas principalmente pelos esforços tectônicos, apresentando direções variadas e que constituem pontos fracos de ataque, por parte da erosão.

As diáclases têm um papel importante na desagregação das rochas (intemperismo mecânico) e também na erosão. Na paisagem carioca as formas produzidas pelo sistema de diáclases são bem definidas. A Serra da Tijuca, por exemplo, assim como o Corcovado apresentam silhuetas idênticas, originadas de duas diferentes superfícies de fratura; da mesma maneira, as linhas retas das encostas dos vales formados ou das séries de ravinamentos mostram direções concordantes com o sistema de diaclasamento.

A desintegração mecânica e a decomposição química atuando junto com o sistema de diaclasamento e fatores climáticos podem acelerar o processo de alteração das rochas cristalinas, como acontece no município do Rio de Janeiro. Onde não existe mais o manto de intemperismo, percebe-se um aspecto de descascamento nas formações graníticas dos morros. Outras formas ficam a descoberto quando removida a massa eluvial ou coluvial. Um bom exemplo pode ser observado nas Furnas da Tijuca, onde muitos blocos sob a forma de matacões originaram-se no próprio local, bastando acompanhar o alinhamento das faces do bloco, em relação ao sistema de diaclasamento exposto ( ortogonal) no leito do rio Cachoeira.

Os processos erosivos contribuem, através dos agentes de erosão; físicos, químicos ou biológicos, destruindo e sedimentando ou construindo novas formas. Resumindo são processos exógenos transformadores da paisagem.

No entanto este relativo equilíbrio pode ser quebrado, por um tipo de erosão anormal, realizada pela intervenção humana (erosão antrópica), motivada por desmatamentos, cortes em estradas, etc. Essa intervenção, acelera a ação desses processos, onde a destruição será muito mais rápida que o tempo de sedimentação (GUERRA, 1979).

Os processos erosivos encontrados no parque, parecem ser um problema fundamentalmente hidrológico, favorecidos principalmente pelos desmatamentos, queimadas e cortes em áreas de declives, facilitando ainda mais o fluxo das águas de escoamento, que reflete muitas vezes de maneira catastrófica nas regiões de baixada, como nos casos de Março 1966, Fevereiro de 1988 e por último Fevereiro de 1996.

Nas matas, a maior parte da água fica retida nas folhas, que são importantes no sentido de reduzir a velocidade das gotas de água, minimizando o impacto desta no solo, o que favorece a remoção de suas partículas, diminuindo sua retenção. O desflorestamento é uma das causas do desequilíbrio morfogenético que acelera a evolução das vertentes. A retirada da vestimenta vegetal natural faz crescer o escoamento superficial.

O impacto das águas de chuva, através do escoamento superficial desempenha forte ação erosiva (erosão pluvial), principalmente se a quantidade precipitada é maior que a capacidade de infiltração do solo. Numa topografia acidentada como a da área do Parque somada aos fatores como desmatamento, queimadas, etc., a concentração dessas águas descem as encostas com grande velocidade, formando-se verdadeiras enxurradas, que com o tempo produziram ravinas no solo.

Ligada ao processo de formação de ravinas está o fenômeno dos movimentos de massa; outro agente modelador de paisagem, que será discutido num capítulo mais adiante.

Nesse processo de ravinamento, a massa de terra levada pela erosão é considerável. A retirada da cobertura vegetal provoca uma intensa e brusca infiltração das águas, diminuindo a estabilidade do manto de decomposição e provocando grandes desbarrancos. Se este manto estiver diretamente superposto às rochas impermeáveis (como granito e gnaisse), aumentará consideravelmente de peso e plasticidade, onde sob a ação da gravidade, tenderá a deslocar-se para baixo. Durante as grandes chuvas a estabilidade do manto é sempre afetada, em maior ou menor grau.

Em pouco tempo a ação conjugada da erosão superficial e dos movimentos de massa, provocam uma erosão intensiva e nefasta.

Erosão e Ação Antrópica

Somado ao problema da erosão que vem sofrendo o parque atualmente, está o problema da impactação do solo.

O Parque Nacional da Tijuca possui diversas trilhas que são utilizadas intensamente por praticantes de atividades esportivas as mais diversas como, ecoturismo, motocross, mountain-bike.

Essas trilhas mantém suas características naturais, sem nenhum tipo de conservação. É possível observar em muitas delas situações de risco, devido aos processos de erosão, problemas de drenagem, excesso de ramificações, aumentando ainda mais a área impactada pelo uso sem controle dos visitantes.

Movimentos de Massa (Cobertura vegetal e água de escoamento)

Os movimentos de massa, lentos ou rápidos, são provocados por atividade biológica ou processos físicos resultantes de condições climáticas, onde a ação da gravidade é o fator principal ( PENTEADO, 1978).

A cidade do Rio de Janeiro, apresenta um considerável histórico de fenômenos de movimentos de massa, onde a remoção do manto de decomposição e dos produtos detríticos contribuem para a transformação da geomorfologia da paisagem, tendo como conseqüências perdas materiais, de vidas humanas além dos danos ao meio ambiente.

A literatura aponta que a grande maioria dos movimentos de massa que ocorreram no município, estão associados a cobertura vegetal pouco espessa em áreas de encostas muito íngremes, ocorrência de grandes massas rochosas, e um índice pluviométrico elevado em épocas de chuvas intensas. Apesar dos fenômenos de chuvas e de escorregamentos serem fenômenos naturais estes vêm sendo, cada vez mais, intensificados pelas atividades antrópicas, com o mau uso, manejo e conservação dos solos, acarretando uma série de desequilíbrios ambientais.

Movimentos de massa associados a encharcamento de solo provocado por chuvas intensas associados também a planos de fratura e falhas, geralmente são a causa da maioria dos desabamentos que ocorrem nas escarpas da Serra do Mar.

O intenso processo de desmatamento nas encostas do PNT, seja no passado por intensa exploração para o plantio ou no presente pela ocupação desordenada e poluição, removeu a maior parte da cobertura vegetal original, expondo-o ainda mais aos fenômenos de movimentos de massa.

A cobertura vegetal é um fator que segundo os especialistas, desempenha um papel importante na proteção dos solos e um relativo grau de segurança nas encostas, minimizando também os processos erosivos, através dos seguintes elementos da floresta: (a) O conjunto das copas das árvores, funcionam como anteparo à ação dos raios solares, dos ventos e da chuva, evitando assim bruscas mudanças na umidade e temperatura do solo das encostas, garantindo assim certa estabilidade; retendo maior quantidade de água precipitada; eliminando através da evapotranspiração o volume de água excedente das plantas. (b) Os detritos vegetais que se acumulam na superfície das matas, atuam, retendo boa parte da água que chega ao solo impedindo assim uma infiltração efetiva; moderando também o escoamento superficial concentrado. As raízes das árvores mantém a estabilização das encostas, devido a sua estrutura (malha) (GUIDICINE & NIEBLE, 1983).

As chuvas caídas em Fevereiro 96 que castigaram de maneira catastrófica o Maciço da Tijuca, nas serras e nos morros entre Jacarepaguá e a Floresta da Tijuca, produziram efeitos imediatos na paisagem do parque, onde as cicatrizes nas encostas provocadas pelos deslocamentos do manto de intemperismo e vegetação ainda são visíveis.

Nas vertentes das Serras da Taquara, Cocanha e Bico do Papagaio, ocorreram movimentos de massa de tal intensidade que provocaram o transbordamento dos rios das Pedras, Papagaio e Quitite (Jacarepaguá) e dos rios Humaitá, Fazenda, Cova da Onça e Solidão (Floresta da Tijuca).

Do lado da floresta, junto aos rios Humaitá e Cova da Onça, pequenas represas de pedras foram arrebentadas pelos blocos de rochas que rolaram das partes mais altas, centenas de árvores foram arrancadas pela força das águas que desceu pela montanha destruindo também estradas e trilhas, abrindo verdadeiras clareiras nas matas e indo parar nas regiões de baixada amontoando pedras, árvores e lama.

Do lado de Jacarepaguá, os movimentos de massa deslocaram toneladas de pedras e lama, destruindo casas, rompendo canalizações, deixando vítimas e desabrigados.

Dos deslizamentos ocorridos no Maciço da Tijuca, dentro da floresta, os mais preocupantes em termos de destruição dos sítios históricos são os dos morros do Cocanha e do Bico do Papagaio. O do Cocanha atingiu uma área bastante considerável em sítios históricos, além de provocar o transbordamento e o deslocamento do curso do rio da Cova da Onça, carregando toneladas de pedras, que derrubaram o muro do Parque, junto ao portão do Açude da Solidão atravessando a estrada e chegando até as casas próximas ao Parque. O do Bico do Papagaio também atingiu um prédio histórico, conhecido como A Fazenda, comprometendo sua estrutura. O deslizamento do Papagaio seguiu seu curso pelos rios Humaitá e Fazenda, onde encontrou o rio Solidão que desviou seu curso, correu para a estrada chegando até o Açude transformando-o num imenso depósito de lama, troncos e pedras.

Hidrologia e Cobertura Vegetal

Já nos referimos anteriormente à importância da cobertura vegetal na sustentação e preservação do solo, ou seja, na garantia do seu equilíbrio morfogenético, e que a retirada dessa capa vegetal aumenta o escoamento superficial, desempenhando forte ação erosiva.

Outro papel de importância fundamental da cobertura vegetal está na manutenção do ciclo hidrológico e hidrográfico. A regularidade desses ciclos está diretamente relacionada aos mecanismos reguladores, que desempenha a cobertura vegetal numa área florestada; como a copa das árvores, que funcionam como amortecedor e regularizador da entrada de água das chuvas, continuada pelo tronco que faz com que o fluxo dessa água escorra gradativamente, e o papel da serapilheira, que funciona como um filtro armazenando e permitindo o escoamento lento por capilaridade.

A rede de drenagem do Parque Nacional da Tijuca é considerável, contando com mais de 140 cursos de água que descem de suas encostas para abastecer diversos rios, dentre eles o Maracanã e o dos Macacos. Hoje em dia a maioria desses rios apresentam suas águas barrentas devido a grande quantidade de sedimentos oriundos do intenso processo de erosão dos solos pela falta da cobertura vegetal.

No passado, entre os séculos XV e XVI, a floresta que recobria atual área do parque era tão exuberante em área similar, quanto a da Floresta Amazônica. No entanto com a introdução do plantio para o café e chá pelo homem, essa floresta acabou sendo praticamente toda devastada, ocasionando profundas modificações nesse ecossistema. Com o fim dessas práticas agrícolas, a reconstituição natural somada ao reflorestamento feito pelo homem se desenvolve.

Atualmente é possível observar desde árvores de porte alto, arbustos e ervas até grande quantidade de trepadeiras e epífitas. Alguns lugares como a Mata do Pai Ricardo e o Vale dos Ciganos é possível encontrar vegetação de mata ainda preservada.

Nas áreas de maior degradação o que domina na paisagem é o capim colonião (Panicum maximum), gramínea essa facilmente inflamável durante as queimadas. No passado, como já foi citado anteriormente, esse parque era inscrito nas formações florestais densas, recobrindo a atual área urbana do Rio de Janeiro. Hoje, raros trechos dessas formações são encontradas e é provável que nem se encontre mais remanescentes da mata primitiva.

Solos

Clima, rocha, vegetação, relevo e tempo de atuação são os vários fatores que atuam na formação do solo. Como já foi dito, o fator clima, sem dúvida é o mais fundamental; uma mesma rocha poderá formar solos diferentes se intemperizada em diferentes climas e rochas diferentes podem originar solos idênticos, se formados sob o mesmo clima.

Os solos do PNT, são denominados de solos autóctones, que resultam da alteração in situ da rocha e apresentam variação em sua composição em função da rocha mater e do grau de intemperismo.

Em algumas áreas de encostas do parque, observa-se a rocha nua (sem solo) ou horizonte C, exposta pela erosão, e nas áreas onde a vegetação começa a se recompor, ainda sem acúmulo de matéria orgânica, encontram-se concentrações arenosas de granulação grosseira.

Solos derivados de granitos e gnaisses apresentam-se argilosos ou argilo-arenosos, geralmente de cor vermelha, constituído de grãos de quartzo, feldspatos, partículas micáceas, argilas caolinitícas atacadas por substancias férricas. Os solos derivados de diabásio e basaltos, dão origem praticamente a terras roxas. Estes situam-se nos vales entre as montanhas. Solos originados de dioritos, são de alto grau de teor de cálcio e fósforo.

De acordo com a EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, 1977 – os solos do PNT, são classificados em:

Latossolo Vermelho Amarelo, Álicos ( LVd2), de textura argilosa. Encontram-se geralmente em relevo montanhoso, coberto por vegetação de floresta subperenifólia, onde predominam rochas gnáissicas e graníticas do pré-cambriano. Normalmente são solos muito porosos, de consistência friável e muito friável quando úmidos e plásticos e pegajosos quando molhados. São basicamente constituídos por argilas.

Latossolo intermediário para Cambissolo, Álico de textura argilosa. Ocorrem associados aos latossolos ( LVd2). Basicamente constituídos por feldspatos e material argiloso de aspecto micáceo. São encontrados nos declives mais acentuados do maciço ( acima de 600 m), cobertos por floresta subperenifólia. São formados de fragmentos de rochas gnáissicas e graníticas.

Cambissolo Latossólico, Álico de textura média (cascalho). Ocorrem em relevo montanhoso sob vegetação de floresta subperenifólia. Apresentam baixa presença de argila, porém com predomínio de silte e minerais de feldspato e mica.

Solos Litólicos Indiscriminados (LVd2 e PV4). Ocorrem condicionados, principalmente, pelo relevo forte ondulado e montanhoso (declives superiores a 50%). Por esta razão, a maior parte do material intemperizado e/ou fragmentado deposita-se nas partes mais baixas.

Latossolo Vermelho Amarelo, Álico de textura argilosa, pouco profundo. Ocorrem em relevo forte ondulado (LVd4), coberto por floresta subperenifólia. Em relação ao LVd2, este se apresenta em perfis mais rasos. Originam-se a partir da decomposição de rochas gnáissicas e graníticas.

Podzólico Vermelho Amarelo, Álico constituído por textura média argilosa. Encontra-se coberto por floresta subcaducifólia em relevo forte ondulado (PV4). Este solo é derivado da decomposição de rochas gnáissicas.

Podzólico Vermelho Amarelo Equivalente Eutrófico, de textura média argilosa e morfologicamente semelhante ao anterior. Este solo encontra-se em relevo forte ondulado, sob vegetação de floresta subcaducifólia. É possível observar em alguns perfis o contato direto com a rocha, onde o material originário do solo é proveniente da decomposição de fragmentos de rochas e/ou material argiloso vindos das elevações para as baixadas. Durante o mapeamento foi encontrado em áreas quartzíticas, solos arenosos com calhaus e areias grossas em diversos pontos.

RESULTADOS:
Durante o desenvolvimento das investigações em campo, foi possível observar dentre os elementos considerados, que de um modo geral, os movimentos de massa registrados, foram uma resposta natural do meio físico, ao somatório das agressões sofridas, pelas ações antrópicas (queimadas, desmatamento, etc.) associadas a própria geomorfologia da área (forte declividade), estrutura geológica (fraturas e mergulhos fortes) e alto índice pluviométrico durante o verão de fevereiro de 96, merecendo também especial atenção o estrato de solo raso sobre superfície rochosa.

Atualmente ainda pode-se verificar muitas árvores, matacões ou blocos de rochas em situação de risco sobre as encostas do Maciço. Encontram-se também algumas cicatrizes da erosão, e a presença de ravinamentos em muitas áreas confirma o intenso fluxo superficial.

Outras áreas do parque apresentam problemas de movimentos de massa causados pelas chuvas de Fevereiro 96, no entanto como foi colocado anteriormente, a área do Maciço da Tijuca foi privilegiada por esta pesquisa, por apresentar, no entender da equipe, a situação mais problemática em termos de destruição de monumentos históricos, mananciais e propriedades particulares.

Futuramente, tornam-se assim necessárias investigações geotécnicas e elaboração de projetos mais aprofundados que contribuam para a preservação e manejo do Parque.

Do material coletado em campo, foram feitas análises macroscópicas e microscópicas com a finalidade de identificar as principais rochas e minerais, caracterizando as unidades litológicas.

Assim, com base na carta geológica do Estado da Guanabara, folhas Baía da Guanabara e Vila Militar, na escala de 1:50000 ( DNPM) e observações in loco, foi possível a elaboração do mapa geológico do Parque Nacional da Tijuca.

Os resultados alcançados preenchem os objetivos da pesquisa quanto à identificação e análise das condições geológicas locais e principais impactos do Parque, na área do Maciço.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A área em que foi criado o Parque Nacional da Tijuca representa, sem dúvida alguma, uma amostra significativa do ecossistema de Mata Atlântica, reduzida no Município do Rio de Janeiro a uma porcentagem bem menor da cobertura florestal primitiva.
Apresenta ainda a área valores históricos e culturais a serem necessariamente preservados, mas é sobretudo a diversidade biológica, tanto florística como faunística, que ainda constituem os alvos mais ameaçados desse ecossistema.
A preservação dessa cobertura florestal, é fundamental para garantir o bom funcionamento das interações bióticas, dos sistemas hidrológicos e da estabilidade dos solos. É necessário também atentar para a proteção das áreas de acentuada declividade, minimizando a possibilidade de erosão, levando em consideração a intensa pluviosidade que domina a região durante o verão.

Nesse sentido, tornam-se emergentes tanto as ações de cunho técnico e científico com que embasar a sua proposta de manejo, bem como aquelas que garantam a sua integridade afim de contribuir para a preservação do maior parque urbano do mundo.

Deve-se levar em conta que a preocupação somente com os aspectos paisagísticos, ecológicos ou de lazer não evitarão tragédias para a área localizada tão perto da malha urbana.

Enfim, o presente trabalho constitui apenas o escopo preliminar de informações a serem testadas e aprofundadas em futuros trabalhos de pesquisa, visando a manutenção e estabilização desse ecossistema, que dentre outras unidades de conservação, federais e estaduais, teve sua área incluída no Tombamento da Serra do Mar/Mata Atlântica em 1991.

AGRADECIMENTOS


Os autores desejam expressar seus agradecimentos à direção do Parque Nacional da Tijuca (IBAMA) pelo apoio. À arqueóloga Rhoneds Aldora R. Perez (Depto. de Antropologia/MN), à professora e arqueóloga Maria de Lourdes Lemos pelos trabalhos de campo, fotografias e informações históricas.
Copyright (Diireitos reservados aos Autores)
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Benedicto Humberto Rodrigues /Museu Nacional/UFRJ e Silvia Machado (est.)Museu Nacional/UFRJ)

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